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Cantor Victor se defende em rede social após indiciamento pela Polícia



O cantor Victor Chaves, da dupla Victor & Léo, 
se defendeu, na tarde desta terça-feira (4), em 
um vídeo publicado em uma rede social, a 
 penal, contra a mulher dele, Poliana Bagatini Chaves.
"Pessoal, eu venho a público para esclarecer 
uma coisa diante da qual surgiram e surgem 
incontáveis boatos. Eu fui indiciado legalmente 
por vias de fato, contravenção. Ou seja, eu não
 machuquei ninguém. O que eu pratiquei foi um
 ato de desespero para conter uma pessoa que
 estava completamente fora de si de pegar uma
 criança de um ano. E pela minha filha, o que eu
 fiz, eu faria de novo. 
Então, tudo está sendo apurado devidamente",
 declarou o cantor.
O advogado Adilson Rocha, doutor em criminologia,
 disse que contravenção penal não é considerada
 crime e que tem função preventiva – ao contrário
 do crime que tem função repressiva. Ainda de 
acordo com Rocha, a contravenção penal tem 
potencial ofensivo, como bate-boca, empurrão 
e tapa no rosto, por exemplo, mas que é um tipo 
de agressão que não deixa lesões, marcas 
corporais, porque é inferior à lesão corporal.
O advogado disse que, normalmente, nesses 
casos faz-se apenas um Termo Circunstanciado
 de Ocorrência (TCO), e a pena costuma ser a
 prestação de serviço à comunidade ou o 
pagamento de cestas básicas. O especialista
 explicou que a condenação à prisão é muito 
rara e que a pena prevista para esses casos 
é de 15 dias a três meses de reclusão.
A conclusão do inquérito foi divulgada nesta 
terça-feira (4). Poliana, que tem 29 anos e está
 grávida, prestou queixa contra o marido, 
de 41 anos, no dia 24 de fevereiro. 
Em depoimento, o cantor negou ter 
agredido a mulher.
"A Polícia Civil, diante das provas coletadas,
 concluiu pelo indiciamento de Vitor Chaves 
pela contravenção penal prevista no artigo 21, 
do Decreto Lei 3.688, vias de fato, conforme 
demonstrado no laudo pericial das imagens
 das câmeras de segurança do prédio e pelo
 depoimento da vítima", afirmou em nota oficial 
a corporação.
No início da manhã, o advogado de Victor, 
Felipe Martins, disse que ainda não tinha tido
 acesso à conclusão da investigação e que
 não iria se posicionar. O empresário de Victor 
não foi localizado nesta terça-feira (4).
A Polícia Civil informou que encaminhou o 
inquérito à Justiça. Conforme o Fórum 
Lafayette, a partir do recebimento, será 
distribuído para uma das varas e o juiz 
vai abrir vistas para que o Ministério Público
 de Minas Gerais se manifeste.

Imagens= A investigação foi conduzida pela 

delegada Danúbia Quadros, chefe da Divisão

 Especializada no Atendimento à Mulher, ao 

Idoso e à Pessoa com Deficiência (Demid) de

 Belo Horizonte. Ela aguardava perícia das 

imagens do circuito de segurança do prédio

 do casal para concluir o inquérito. A polícia 

não deu detalhes sobre o laudo das imagens.

Parte dos fatos teria ocorrido no elevador do 
prédio. "Segundo a versão da vítima, ele
 [cantor] empurrou a mesma ao chão e 
desferiu alguns chutes no elevador”, informou 
a delegada durante a investigação.
Em 13 de março, a delegada divulgou que
 o exame de corpo de delito de Poliana foi
 negativo para lesão corporal, isto é, não 
havia comprovação de lesões aparentes. 
Contudo, este resultado não descartava 
a possibilidade de agressão sem deixar 
marcas.
Na data, Danúbia afirmou também que, 
de acordo com as declarações prestadas
 por Victor em depoimento um dia antes, 
houve um desentendimento familiar com 
a mulher, causado pelo fato de ele ter 
levado a filha para o apartamento da mãe
 dele, que fica no mesmo prédio. Conforme
 a delegada, o cantor disse que a mulher 
teria ficado muito nervosa com a situação.
“Segundo o investigado, para contê-la pelo
 fato de ele estar muito preocupado de ela
 sair naquele estado e levar a bebezinha 
de um ano e um mês, ele teve que contê-la
 para evitar um prejuízo maior para a filhinha.
 Segundo ele, ele não agrediu a vítima. 
Segundo ele, ele não chutou a perna da
 vítima, não empurrou a vítima ao chão”, 
contou a delegada sobre o depoimento 
prestado em 12 de março.
Ainda conforme a delegada, no dia 24 de
 fevereiro, Poliana procurou uma delegacia. 
Entretanto, ela não aguardou o atendimento,
 alegando que estava com pressão baixa. 
Segundo a delegada, Poliana retornou no 
dia seguinte para prestar declarações e 
também apontou o fato de o marido ter 
levado a filha na casa da sogra como a 
causa do desentendimento. A polícia 
continuou investigando o caso, porque,
 segundo a Lei Maria da Penha, registros
 de agressão independem de representação
 da vítima para serem apurados.

Entenda o caso= No dia 24 de fevereiro, 

Poliana Chaves foi a uma delegacia, em Belo

 Horizonte, e fez uma queixa contra o marido 

Victor Chaves. Segundo o boletim de ocorrência,

 Poliana disse que foi agredida por Victor por 

motivos fúteis no prédio do casal, que foi jogada

 no chão e recebeu vários chutes. Afirmou que, 

depois das agressões, foi impedida de sair do

 local por um segurança e pela cunhada.

No mesmo dia, a mãe de Victor, Marisa Chaves,
 também prestou queixa na polícia e deu 
outra versão. No segundo boletim de 
ocorrência, ela disse que Poliana foi ao 
apartamento dela transtornada e de forma
 agressiva fez ameaças e quebrou vários objetos.
No dia, a mãe do cantor afirmou aos policiais
 que a irmã dele tentou acalmar Poliana e que
Victor segurou o braço da mulher, pedindo
 que se acalmasse. Marisa afirmou que a nora
 se atirou no chão chorando e se debatendo.
Dois dias depois, Poliana publicou uma carta
 em um perfil de rede social em que afirmou 
que em momento algum considerou que tivesse
 ocorrido qualquer crime, principalmente, 
praticado por Victor.
Em uma entrevista exclusiva à TV Globo,
 o cantor negou a agressão. A repórter Aline
 Aguiar perguntou ao artista se houve agressão.
 Victor respondeu: “Absolutamente. Eu nunca
 agredi ninguém na minha vida e muito menos
 a minha mulher, grávida do João”, disse à 
época.
Mesmo depois de a mulher de Victor negar a
 agressão, a polícia continuou investigando o
 caso. Victor, que era jurado no The Voice Kids,
 da TV Globo, pediu para se afastar do programa.
 Na edição do dia 26 de fevereiro, o apresentador
 André Marques leu um comunicado que dizia 
que a Globo repudia toda e qualquer forma de 
violência e acredita que essa acusação precisa
 ser apurada com rigor garantindo o direito de 
defesa na busca da verdade.




Fonte: G1

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