RIO - A Polícia Civil informou que parte de um corpo humano
que foi encontrada, no início da tarde desta sexta-feira, na Baía de Guanabara,
pode ser de Raphael Rodrigues da Paixão, conhecido como DJ Chorão, de 26 anos.
De acordo com a 21ª DP (Bonsucesso) - que investiga a execução do DJ, ocorrida
no Parque União, no Complexo da Maré, no último sábado -, o corpo foi
encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) para que seja identificado. Um
exame de DNA será feito com material genético fornecido pela mãe do DJ, para
saber se o corpo é de Chorão, já que a localização dos restos mortais se deu
por meio de informações de moradores e de denúncias feitas ao Disque-Denúncia
(2253-1177).
O corpo foi achado na Baía de Guanabara, na altura do Canal
do Cunha, na Ilha do Governador. Informações de moradores dão conta de que o
assassino do artista é o traficante Rodrigo da Silva Caetano, o Motoboy, que
também teria esquartejado o corpo. O chefe do tráfico na Favela Parque União,
Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, teria assistido à execução. Motoboy teve
mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal, após a 21ª DP
concluir um inquérito que apurava a morte do traficante Wladimir Augusto Paz
dos Santos, o Mimi - esquartejado em novembro de 2011 na Favela Nova Holanda,
no Complexo da Maré. Fotos de partes do corpo de Mimi foram postadas na
internet sob o título "Massacre da Serra Elétrica". As imagens eram
exibidas ao som de funk que detalhava o assassinato. Policiais fizeram buscas
pelos suspeitos nesta sexta-feira.
Na quinta-feira, o delegado José Pedro Costa da Silva,
titular da 21ª DP (Bonsucesso), havia afirmado que não ter dúvidas de que o DJ
foi executado por traficantes do Parque União. As informações coletadas pela
delegacia até a tarde de quinta-feira indicavam que o funkeiro foi morto por
ter desrespeitado a ordem do tráfico de não promover bailes em comunidades que
não fossem controladas pela mesma facção criminosa do Parque União e por
suspeita de vazamento de informações sobre o movimento de drogas para a
polícia.
Chorão desapareceu na manhã de sábado quando ia para casa,
no Parque União, após ter promovido um baile, na noite de sexta-feira, na
Favela Roquete Pinto, na localidade conhecida como Chaparral, que seria
controlada por milicianos. A ex-mulher e a filha de 3 anos do DJ teriam sido
forçadas a assistir ao assassinato e, depois, foram expulsas da comunidade.
Alvarenga, segundo informações do site do Disque-Denúncia
(2253-1177), costuma promover bailes funks na comunidade, a fim de aumentar as
vendas de drogas na região. Até a tarde desta sexta-feira, o serviço havia
recebido 13 ligações sobre o caso. O valor da recompensa por notícias que levem
ao criminoso é de R$ 1.000.
O desaparecimento foi registrado pela mãe da vítima no
domingo passado na delegacia de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde mora.
O crime está sendo investigado com o auxílio da Divisão de Homicídios (DH).
Fonte: Extra
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