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Mônica e Cebolinha casam em edição que chega nesta quinta às bancas.


Na riqueza e na “pobleza”, Mônica e Cebolinha casam-se hoje, depois de anos e anos vivendo entre planos infalíveis e coelhadas. A edição número 50 da “Turma da Mônica Jovem”, versão adolescente dos personagens criados por Maurício de Sousa, chega às bancas trazendo a troca de alianças dos dois maiores mitos dos quadrinhos nacionais. A hora do sim mexeu com fãs de todas as idades, bem além dos limites do bairro Limoeiro.
Criada em 2008, a “Turma da Mônica Jovem” já havia surpreendido ao trazer os personagens com idades entre 15 e 17 anos e mostrar o fim do horror de Cascão aos banhos e uma Magali mais atenta aos efeitos de tanta comilança no ponteiro da balança. Mônica e Cebolinha já namoram há algumas edições. Nesta revista, segundo Maurício de Sousa, o casamento será mostrado numa espécie de flashback às avessas, daqui a dez anos.
Para alívio dos fãs, a história não vai avançar no tempo. Ou seja, pelo menos agora, ninguém vai ler gibis em que Cebolinha se desdobra para pagar contas, ou Mônica está aflita com os pés de galinha. Depois desse número, tudo volta ao tempo atual.
— Já descobri algumas coisas. Eles vão estar adultos, afinal seria estranho casarem com a idade que têm na história — contou Pedro Henrique Figueira, de 16 anos, fã e autor do blog “TMJ Mania”.
Ainda na edição lançada hoje, Mônica também vai anunciar ao “malidão” que está grávida. Os anjos, que acompanham do Céu cada passo do casal, comemoram. Por causa do casamento, vários personagens que apareceram poucas vezes nas historinhas voltam, como uma menina chamada Irene, paquera antiga de Cebola.
Na internet, a grande dúvida entre os leitores mais crescidos é se o gibi vai mostrar os detalhes picantes da lua de mel. A editora Panini preferiu fazer mistério, mas fãs descartam a hipótese.
— Muita criança ainda lê. Aí já seria demais, né? — brinca Pedro.

A Mônica e o Cebolinha da vida real
Quando se conheceram na faculdade de administração, Maria Helena e Marcelo Portela, casados há 26 dias, eram como o casal Cebola e Mônica. Ainda são, segundo a universitária, de 21 anos.
— Até hoje, mesmo depois de quatro anos vivendo juntos e agora o casamento, nós ainda implicamos um com o outro — contou.

Marcelo, de 30, admite que a implicância do início era uma forma de chamar a atenção da menina, com 17 anos na época. O namoro também foi cheio de provocações.
— Eu bato, mordo, belisco. Só não tenho o coelho. A gente continua até hoje. Em vez de carinho, ele vem me morder — diverte-se.
As semelhanças não param por aí. A calvície de Marcelo fez com que, desde adolescente, ele recebesse o apelido de Cebolinha, devido ao modo como arrumava o cabelo para disfarçar a queda de cabelo. Ela, por sua vez, lembra que era dentuça na infância.
— Nós já tínhamos falado disso antes. É engraçada a semelhança, porque vivíamos implicando um com o outro. Achei fofo eles casarem agora, tão perto da data do nosso casamento.
Os pequenos desentendimentos do casal ocorrem até no dia a dia. Quando um escolhe A, o outro opta por Z. E por aí vai. Quando foram fazer uma primeira viagem, ela queria um destino frio. Ele, um quente.
— Nossa primeira viagem foi à base de briga. A gente tem isso ainda, a sorte foi que a convivência foi melhorando a relação.
Mas Helena faz coro ao conselho para o casal Mônica e Cebolinha: atenção redobrada para não deixar as picuinhas minarem a relação.
— No início, eu não tinha paciência. Ele é super bem-humorado, vinha sempre brincadeirinha — lembra.
Fica a dica, Mônica e Cebola. Vai pegar mal um divórcio no Limoeiro.
Fonte: Extra.

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