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Asteroide pode se chocar com a Terra em 2040

Volta e meia aparece nas manchetes um asteroide que vai passar rasante Ă  Terra. Os astrĂ´nomos se apressam em afirmar que, baseado nas informações disponĂ­veis sobre sua Ă³rbita, o asteroide nĂ£o trarĂ¡ nenhum perigo.  Embora a gente saiba que o espaço tem muitos asteroides com potencial de colidir com a Terra – chamados de asteroides potencialmente perigosos (PHA, na sigla em inglĂªs) –, as contas sempre demostram que as chances disto acontecer sĂ£o muito pequenas. É claro que estas contas dependem de observações que forneçam dados precisos sobre o objeto. Por isto, existem vĂ¡rios projetos em andamento para detecĂ§Ă£o e monitoramento deles.
Uma vez conhecidos os elementos das Ă³rbitas, as equações que descrevem a trajetĂ³ria do objeto levam em consideraĂ§Ă£o interações gravitacionais complicadas, envolvendo a Terra, o Sol, a Lua e os planetas gigantes gasosos, principalmente. Dependendo da Ă³rbita, Marte e VĂªnus precisam ser considerados com muita atenĂ§Ă£o tambĂ©m. NĂ£o preciso dizer que atĂ© agora o mĂ©todo tem funcionado, mas Ă© sempre bom ter em mente que as equações ou os mĂ©todos podem ter falhas. Mas como testĂ¡-los?
Este teste deve acontecer em breve, daqui a 28 anos. O asteroide 2011 AG5 Ă© um PHA descoberto pelo projeto de rastreio do cĂ©u Catalina, no estado norte-americano do Arizona. Atualmente, sua posiĂ§Ă£o no cĂ©u o impede de ser observado – ele estĂ¡ “visĂ­vel” de dia –, de modo que nĂ£o hĂ¡ dados muito precisos para prever com alto nĂ­vel de segurança sua trajetĂ³ria nas prĂ³ximas dĂ©cadas.
O AG5 deve passar a menos de 150 milhões de km de distĂ¢ncia da Terra – mesma distĂ¢ncia entre o nosso planeta e o Sol –, em setembro de 2013, depois, em 2028, ele deve passar mais prĂ³ximo, a uns 17 milhões de km. Estas duas passagens servirĂ£o para refinar os elementos da Ă³rbita do objeto. SĂ³ que, de acordo com os dados atuais, que nĂ£o sĂ£o precisos o suficiente para prever seu comportamento com tanta antecedĂªncia, em 5 de fevereiro de 2040 o AG5 pode se chocar com a Terra. As chances sĂ£o de 1 em 625 e mesmo assim, esse asteroide tem categoria 1, numa escala de 0 -10 de periculosidade, onde 10 significa um impacto que quase certamente liquidaria nossa civilizaĂ§Ă£o. Ou seja, ainda Ă© considerado inofensivo
A Ă³rbita do AG5 se estende desde Marte e chega Ă  metade da distĂ¢ncia Terra-VĂªnus. Assim, deve-se incorporar as perturbações gravitacionais destes dois planetas nas equações de Ă³rbita tambĂ©m. Isso torna os resultados fortemente dependentes da precisĂ£o dos dados do asteroide. Por isto, antes de fazer um financiamento de longo prazo, Ă© melhor esperar atĂ© 2013. Ainda assim, em todas as situações parecidas com essa, a melhoria nos dados sempre apontou para um cenĂ¡rio mais favorĂ¡vel para nĂ³s. Realmente nĂ£o Ă© fĂ¡cil acertar a Terra no espaço!
Fonte: ObservatĂ³rio - CĂ¡ssio Leandro Dal Ri Barbosa

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