A história política de Ilhéus registra a administração do ex-prefeito Valderico Reis (janeiro de 2005 a setembro de 2007) como um período nefasto aos interesses dos ilheenses.
A análise sobre a gestão de Valderico não é injusta, já que a passagem dele pelo poder foi realmente vexatória.
Entretanto, “Vardé” pode respirar quando é comparado ao atual prefeito Newton Lima (PT), levando em consideração o desempenho de cada um no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Newton Lima teve todas as suas contas (analisadas) rejeitadas pelo crivo da moralidade (2007, 2008, 2009 e 2010). Ao todo, já foram quatro rejeições. Reis, em quase três anos de mandato (foi cassado pela câmara) teve uma conta aprovada com ressalvas (2005) e duas reprovadas (2006 e parte de 2007).
Newton responde a 12 processos, por improbidade administrativa, movidos pelo Ministério Público Estadual e foi indiciado por formação de quadrilha na operação vassoura-de-bruxa da Polícia Federal. O seu principal homem de confiança, Jorge Bahia, secretário de planejamento, é acusado de utilizar funcionários particulares como “laranjas”, para vender computadores ao Programa Bolsa Família, do governo federal. O Ministério Público Federal recebeu a denúncia do procurador Israel Nunes e moveu uma ação na justiça federal.
O ex-prefeito não fica atrás, uma vez que responde a vários processos nas justiças federal e estadual e também foi indiciado na operação vassoura-de-bruxa, da PF.
De qualquer forma, nessa analogia dos inescrupulosos com o erário público, a vantagem de Valderico é ter uma conta aprovada pelo TCM. Feito, até agora, inédito para o atual prefeito, enrolado até o pescoço em muitas denúncias que lhe darão muito dor de cabeça no futuro.
Fonte: blog do Gusmão
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