O ministro de Minas e Energia, Fernando
Coelho Filho, admitiu nesta segunda-feira (30)
que a conta de luz poderá ficar ainda mais
cara no país. Questionado sobre se o Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
poderá vir a despachar fora da ordem de
mérito, ou seja, acionar as usinas elétricas
sem considerar o menor valor cobrado, ele
admitiu que é uma possibilidade.
“Está sendo cogitado, decidido, não”,
declarou o ministro sobre a possibilidade
do governo passar a autorizar a produção
de energia mais cara, cujo custo será,
invariavelmente, repassado ao consumidor.
“Não há um risco mais severo de
desabastecimento, porém vai ter um impacto
como já vem tendo na tarifa para o
consumidor”, afirmou.
A mudança está em discussão para preservar
os reservatórios das hidrelétricas, que estão
em baixa diante da falta de chuvas.
Coelho Filho disse que há a expectativa de
que a chegada das chuvas reverta essa
tendência. Ele admitiu, porém, que as
projeções indicam que o período chuvoso
não será suficiente.
Hoje, as termelétricas são ligadas dentro da
chamada ordem de mérito, ou seja, são
ligadas apenas as termelétricas que estão
dentro de um limite de preço.
O fim dessa ordem liberaria o acionamento
de qualquer termelétrica, o que poderia
aumentar a participação da energia gerada
pelas térmicas no total. A energia termelétrica
custa mais caro que a produzida nas hidrelétricas.
O brasileiro já vem pagando mais caro pela
conta de luz. A taxa extra cobrada quando a
tarifa extra.
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