Presídio Ariston Cardoso em Ilhéus, no sul do
estado, apresenta celas com infiltração, além de
buraco e ferrugem na grade do chão da
passarela por onde os agentes e os presos
passam. Fotos tiradas pela Defensoria Pública
do Estado (DPE) mostram a situação.
Por conta do buraco, o jeito foi improvisar com
cordas. Os parentes dos presos estão preocupados
com a situação de um dos módulos da unidade.
Eles disseram à reportagem que as condições
são precárias.
A unidade tem dois módulos. É no módulo 1 onde
o problema está mais grave. O núcleo de
comunicação da Secretaria de Administração
Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) disse
que já são realizadas reformas gerais no presídio.
A Defensoria Pública do Estado acompanha o caso
há três anos e pediu a interdição do local, mas a
situação dos presos piorou. Após as chuvas que
atingiram a região, as infiltrações causaram prejuízos.
“Atualmente, com as fortes chuvas, os presos chegam
para atendimento com roupa molhada. Porque,
segundo eles, tudo está molhando”, diz a defensora
Elizete Reis dos Santos.
“Existe laudo da saúde pública e do Corpo de
Bombeiros que já indicava interdição do módulo 1.
Agora com o agravamento da situação, fizemos
nova reunião com juiz atual e ele marcou audiência
para 9 de agosto, às 9h, com todas instituições,
segundo ele, para ver se chega a um acordo”,
completa a defensora.
O Presídio Ariston Cardoso tem capacidade para
180 presos, mas atualmente tem 205 detentos.
Segundo a direção, metade desses presos está no
módulo 1 onde existem 60 celas. Só que 11 estão
interditadas há algum tempo por causa das condições
bem precárias.
O diretor falou ainda que há dois anos enviou um
relatório para a Seap pedindo reforma no modulo 1
e que só na semana passada um engenheiro foi
fazer a vistoria. Para ele, o ideal é construir uma
nova unidade prisional em Ilhéus.
“[Um novo presídio] fora da cidade, com inclusão
de presos do regime fechado e semiaberto, porque
hoje só abrigamos presos provisórios, e também
presas femininas”, afirma o diretor do presídio,
Gustavo Rebouças.
Fonte: G1
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