Levantamento do Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS) aponta que, após realizar 200 mil
perícias, o governo decidiu cancelar 180 mil
auxílios-doença. Com isso, diz a pasta, será possível
economizar R$ 2,6 bilhões por ano.
O resultado, enviado abrange os cancelamentos
até 14 de julho. O pente-fino do ministério focou
naqueles beneficiários que há mais de dois anos
não passavam por revisão no INSS, o que é obrigatório.
Previsto em lei, o auxílio-doença estabelece o repasse
de dinheiro ao segurado do INSS que, por uma doença ou acidente, fica temporariamente incapaz de trabalhar.
Para receber os recursos, a pessoa precisa apresentar
laudo médico e passar por revisão.
O pente-fino nos benefícios pagos pelo INSS, previsto
em medida provisória, começou em 2016, mas foi
tempo. O governo, então, editou uma nova MP, e a
Perícias= De acordo com o Ministério do Desenvolvimento
Social, foram pagos em julho 1,3 milhão de auxílios-doença.
O objetivo da pasta é revisar 530,1 mil.
Até o último dia 14 de julho, diz o governo, foram
feitas 199,9 mil perícias e, segundo o secretário-executivo
do MDS, Alberto Beltrame, a meta é concluir o pente-fino
até setembro deste ano.
Dos 180,2 mil auxílios-doença cancelados:
159.964 foram cortados após perícia
20.304 foram cancelados em razão do não
agendamento ou não comparecimento do beneficiário
ao exame
"Constatou-se que a pessoa já tinha recuperado
condições de voltar ao trabalho, ou seja, não persistia a incapacidade que deu motivo ao benefício, lembrando
que recebê-lo nesta condição é indevido e causa
prejuízo aos contribuintes", disse Beltrame.
Beltrame explicou que o INSS vai usar na
aposentadoria por invalidez o mesmo modelo do
auxílio-doença para convocar as pessoas que
precisam ser examinadas pelos peritos. Elas
receberão carta com aviso de recebimento. Depois
de notificadas, terão cinco dias úteis para ligar no
135 e agendar a perícia.
O pente-fino nas aposentadorias por invalidez será
realizado em quem tem menos de 60 anos e está há
dois anos ou mais sem passar por perícia.
Ficarão de fora da medida os maiores de 60 anos e
quem tem 55 anos e já recebe o benefício há pelo
menos 15 anos.
Fonte: G1
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