Apesar de fazer parte do PSB, partido que compõe a base do governo Temer, o deputado federal, Bebeto Galvão, lamentou as reformas administrativas e da previdência. "Eu acho lamentável a iniciativa, equivocada, e mesmo os partidos que compõem a base do governo não se sentem confortáveis para votar essa medida e para apoiar sua integralidade e dizem ao governo que é preciso que eles vejam sua própria posição", afirmou em entrevista ao Bocão News.
Segundo o parlamentar, foi uma decisão precipitada do governo Temer. "Penso que o governo iniciou esse processo de discussão equivocadamente. O centro deveria ser o financiamento, analisar a dívida ativa que são 408 bilhões e o próprio governo reconhece, as exoneracões, a folha de salário de 60 bilhões anuais, a TRU que leva 170 bilhões. Após esse esforço no financiamento, o governo deveria analisar com a sociedade, empresários, trabalhadores e sua própria responsabilidade com a seguridade social de saber qual era a equalização final para a partir daí chamar a sociedade e propor medidas de caráter transitório para o futuro, mas não para os que estão no mercado de trabalho".
De acordo com o deputado, sua posição está em sintonia com a visão do PSB, que segundo ele, também se posiciona contra as matérias. "O PSB tem um acúmulo em sua trajetória democrática, de luta, pela defesa dos interesses sociais da classe trabalhadora. Há uma resolução nacional já devidamente comunicada ao presidente da República de que nós não nos somariamos a esse esforço da proposta que o governo encaminhou e que a nossa posição é resistente. Além disso, de que nós temos a liberdade, enquanto partido que compõe a base, de votar com nossa consciência democrática e por isso mesmo, nós iremos resistir para que essas medidas não sejam materializadas, que são contrárias aos interesses da população. Isso já foi devidamente informado e nossa posição é contra conteúdo da reforma".
Fonte: Bocaonews
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