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'Agi por impulso' diz mulher que ateou fogo em jovem que dormi em sua porta.

Aninha foi atingida pelas chamas e está em estado grave (Foto: TEM Você)
Ana Carolina foi atingida pelas chamas e está
em estado grave (Foto: TEM Você)
A suspeita de atear fogo em uma mulher, de 27 anos, que estava dormindo na rua, no Jardim Nova Esperança, em Bauru (SP), no começo do mês, falou com o G1 sobre o caso nesta terça-feira (19). A mulher, que pediu para não ser identificada, contou que estava bebendo com alguns amigos e que foi incentivada por eles a praticar o ataque. “As pessoas ficavam falando que iam colocar fogo. E eu agi no impulso, tinha que ter pensado. Não tinha intenção de matar ninguém. Se eu tivesse, não tinha socorrido ninguém, tinha deixado pegar fogo”, afirma.
Ana Carolina Soares segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unidade de Queimados, em estado grave, porém estável. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como lesão corporal.
Ainda de acordo com as investigações, a moradora ateou fogo nos pertences de Ana e de um morador de rua. Ana acabou sendo atingida pelas chamas, ficando gravemente ferida.
A suspeita diz que logo após o ato se arrependeu do que fez e acionou o socorro, esperando até que uma equipe chegasse. “Saiu do controle, minha vida acabou. Eu mais que ninguém quero que ela saia do hospital.”
No depoimento que deu à polícia, a suspeita disse que pegou um litro de álcool em sua casa e jogou sobre as roupas e colchões da jovem e de um morador de rua que estava com ela no momento, sob o toldo de um antigo bar, já fechado, localizado em frente à sua residência.
A mulher afirma que usou o álcool comum e que não tinha intenção de atingir eles. “Eu ainda procuro um porquê, mas não consigo achar. Nunca imaginei que passaria por isso. Queria pedir perdão para esta família. Não queria que a Ana nesta situação, nem a minha família”, afirma.
Em tratamento
A irmã da vítima, Juliana Talita Soares dos Santos, contou ao G1 que Ana Carolina é viciada em álcool e drogas desde os 20 anos e, dias antes do ataque, estava internada para se tratar. “Fazia apenas três dias que ela [Ana Carolina] estava na rua, ela se tratava há dois meses”, contou.
Juliana afirma que apesar do problema com vícios, a irmã não morava na rua e que sempre que estava com fome voltava para casa dela, no bairro Nova Bauru, ou para casa da mãe, no Jardim Nicéia. "Mas ela preferia ficar na rua", completa.
A irmã disse ainda que conhecia o homem que estava com Ana. Juliana diz que ele também é alcoólatra e que a casa da família dele é ao lado da casa da mulher que ateou fogo neles.
Segundo Juliana, ele é casado, mas como ele prefere ficar na rua, a esposa cuidava dele todo dia ali. Por isso ela acredita que a irmã não mantinha nenhum tipo de relacionamento amoroso com o homem, que, segundo ela, aparenta tem uns 60 anos.
Entenda o caso
Ana Carolina e um homem estariam ingerindo bebida alcoólica quando a mulher ateou fogo, segundo o boletim de ocorrências. Ao se levantarem assustados, a bebida teria caído sobre o corpo de Ana, o que teria facilitado com que as chamas se alastrassem e a atingissem.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mulher disse que cometeu o crime porque queria que os moradores de rua deixassem o local, onde eles estariam dormindo, ingerindo bebidas alcoólicas e mantendo relações sexuais.
Moradores do Jardim Nova Esperança, em Bauru, fizeram um protesto no domingo (18) e pediram Justiça pela agressão. No protesto, cerca de 20 manifestantes fecharam a quadra 2 da rua Sargento Moraes Celso Pinto e incendiaram pneus e entulhos. O protesto durou cerca de uma hora e só terminou com a chegada do Corpo de Bombeiros.
Moradores protestaram e pediram Justiça pelo suposto crime  (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)Moradores protestaram e pediram Justiça pelo crime (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)


Fonte: G1

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