Depois do enorme sucesso como o chef de cozinha Niko, mais conhecido como Carneirinho, o namorado do inesquecível Félix vivido Matheus Solano em Amor à Vida, Thiago Fragoso volta ao ar como o advogado Vinícius, o mocinho de Babilônia, a nova novela das nove. Com muitas cenas na praia, ele faz par romântico com Camila Pitanga e tem mantido o corpo em forma para dar vida ao galã. O esforço é dobrado, levando em conta o acidente que sofreu em cena, há três anos, no musical Xanadu, quando despencou de uma altura de 5 metros e teve o pulmão perfurado e cinco costelas fraturadas. "Fiquei com uma cicatriz grande, de mais ou menos um palmo, no tórax, e ainda sinto algumas dores musculares”, conta Thiago. “Terei sempre que fazer acupuntura e exercícios, mas tudo com muito cuidado. Também faço terapia até hoje para ter um suporte", afirma o ator, que bateu um papo com a coluna.Como será seu personagem em Babilônia? Vinícius é um advogado que não mede esforços para fazer valer seus ideais. Ele faz coisas que um mocinho jamais faria, como tortura psicológica em um menor de idade. Mas é tudo em nome da justiça, em prol de um bem maior. Ele é bem intencionado e, quando acredita em uma causa, vai fundo até conseguir resolver esse problema. Ele é um pouco justiceiro e muito ético.
Se assusta ao ser chamado de "protagonista" da novela? Já me assustei. Mas aprendi, ao longo da minha carreira, que antes de tudo sou um ator, então não deixo a palavra "protagonista" ter nenhum peso. Essa palavra tira a vida de qualquer personagem. O que muda é a responsabilidade gerada pelo volume de trabalho, que é bem maior. E só. Tem uma questão mítica em cima disso, porque, no dia a dia de um ator, ser ou não protagonista não muda nada.
Acredita que o modelo atual de novela, com duração de 9, 10 meses, e uma hora de capítulo diário, está com os dias contados? É muito difícil fazer essa análise, pelo fato da novela ser um produto de massa e, aqui no Brasil, culturalmente falando, muito forte. A novela tem raízes que são muito difíceis de serem dizimadas. Acho normal que ocorra uma transição, que tenham mais séries surgindo...mas a novela como conhecemos ter os dias contados, acho difícil. O que já tem ocorrido é uma transição. Em Babilônia, por exemplo, o diretor Denis Carvalho tem dado um tratamento de cinema, que flerta com os seriados americanos. Isso ocorre justamente porque o modelo está se reinventando.
Você e a Camila Pitanga trabalharam juntos em 'Lado a lado'. Como está sendo repetir a parceria? A Camila é um amor de pessoa. Lado a Lado foi uma novela incrível, muito especial. Estamos nos divertindo pra caramba, ela é muito colaborativa, gosta de conversar sobre a cena, de bater o texto e sempre chega para somar. Ela é formada na Uni-Rio, é uma atriz muito estudiosa, que respeita muito a profissão. Estou muito feliz por estar ao lado dela novamente. Tem muito humor na relação dos nossos personagens, é tudo muito apimentado.
Acabou de completar três anos desde aquela sua queda em cena do musical Xanadu. Que lição tirou do acidente? Tenho uma cicatriz grande, não sei ao certo de quantos centímetros...é mais ou menos um palmo, da cirurgia, no tórax. Foi um corte bem grande e ainda tenho algumas dores, um pedaço de vértebra solta, isso sem falar que os nervos se recompõem de forma lenta. Terei sempre que fazer exercícios e acupuntura. Estou levando. No lado psicológico, faço terapia até hoje para ter um suporte. Eu não apaguei em nenhum momento, fiquei acordado o tempo todo e lembro de tudo perfeitamente. Mas são coisas que não gosto nem de lembrar.
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