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Desemprego entre mulheres atinge 2ª menor taxa histórica, aponta boletim

Em um ano, as mulheres ganharam maior participação no mercado de trabalho em Salvador e região metropolitana, atingindo a segunda menor taxa de desemprego na série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana (PED-RMS), iniciada em 1997. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (5), no Boletim Especial sobre a Inserção das Mulheres no Mercado de Trabalho, do  Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Com competência, mulheres garantem cada vez mais presneça no mercado de trabalho (Foto: Reprodução/TV Mirante)Mulheres garantem cada vez mais presença no
mercado de trabalho (Foto: Reprodução)
Entre 2013  e 2014, a população feminina desempregada caiu de 201 mil para 181 mil, sendo que a População Economicamente Ativa (PEA/Feminina) - apta para o trabalho - é de 898 mil. No mesmo período, a quatidade de homens desempregados subiu de 140 mil para 144 mil, sendo que a  PEA/Masculina é de 972 mil.
Os números indicam que o desemprego entre as mulheres caiu 20,2% no período analisado; entre os homens, a queda foi de 14,9%. Desde que a pesquisa começou a ser feita, essa é a menor taxa de desemprego feminino desde 2011, quando percentual registrado foi de 18,6%.
Conforme o boletim, os números estão relacionados à criação de 25 mil novos postos de trabalho em 2014, contra oito mil em 2013. Do total de vagas, 16 mil foram ocupadas por mulheres e nove mil por homens. Ainda assim, homens exerceram maior pressão sobre o mercado de trabalho, elevando sua inserção em 13 mil indivíduos, enquanto que as mulheres apresentaram relativa estabilidade em sua PEA (-0,4%, ou - 4 mil).
Em relação ao número de empregados, a pesquisa indica que o número de mulheres com ocupação subiu de 701 mil para 717 mil entre 2013 e 2014. Nos mesmo período, o de homens elevou de 819 para 828 mil. Conforme boletim, a diferença de ocupação entre homens e mulheres é de 111 mil postos de empregos.
Além do Dieese, também participaram da elaboração do boletim a  Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/SEPLAN), a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEAD), do de São Paulo.
Renda
A pesquisa também revelou que as mulheres tiveram um aumento no rendimento médio real, inclusive, acima dos ganhos constatados entre os homens, o que reduziu a diferença entre os rendimentos. No período analisado, o rendimento médio real no trabalho principal cresceu 4,6% para as mulheres e 0,6% para os homens. Em números, o valor recebido pelas mulheres evoluiu de R$ 1.017 para R$ 1.064 e, o dos homens, de R$ 1.414 para R$ 1.422.
Apesar da melhora, o boletim mostra que o rendimento médio das mulheres é inferior ao dos homens em todas estatísticas comparáveis. Em relação à posição na ocupação, a maior desigualdade de rendimentos mensais, em 2014, foi observada entre "autônomos", com as mulheres recebendo apenas 58,8% do rendimento masculino.
Entre os assalariados, as mulheres ganham cerca de 87,6% da remuneração masculina. Na categoria, a desigualdade foi maior no setor público  - as mulheres receberam 81,4% do rendimento dos homens - que no setor privado (82,3%). No setor privado, foi mais elevada entre os sem carteira de trabalho assinada (81,0%) que entre os com carteira assinada (83,7%).

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