O dólar fechou em forte alta em relação ao real nesta sexta-feira (13). No início da tarde, a moeda disparou além da barreira de R$ 3,28, renovando máximas em quase 12 anos, com investidores buscando proteção em meio à turbulência política que vêm dificultando a aprovação de medidas para o reequilíbrio das contas públicas brasileiras.
O avanço foi atenuado, mas a moeda voltou a fechar em alta. O dólar subiu 2,77%, a R$ 3,249. Este é o maior valor de fechamento desde 2003, quando, no dia 4 de abril, a moeda fechou a R$ 3,2469, segundo dados do Banco Central.
A moeda subiu em nove das últimas dez sessões. Na semana, a alta foi de 6,3%. No mês, há valorização acumulada de 13,76% e no ano, de 22,2%.
A moeda subiu em nove das últimas dez sessões. Na semana, a alta foi de 6,3%. No mês, há valorização acumulada de 13,76% e no ano, de 22,2%.
O dólar também avançou nos mercados externos, antecipando-se a uma possível sinalização do Federal Reserve na semana que vem de que a alta dos juros norte-americanos está próxima, informou a Reuters. O avaço sobre o real, porém, é mais acentuado por causa do cenário interno brasileiro.
Desde o início do ano, o dólar subiu cerca de 5% contra os pesos mexicano e chileno, 8% ante o rand sul-africano e 13% contra a lira turca, mas avançou 22,2% em relação ao real.
Apreensão no cenário interno= "O nosso horizonte está muito ruim e, para piorar, tem as manifestações no fim de semana", disse à Reuters o estrategista da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno, referindo-se aos protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff. "O investidor estrangeiro diz: 'vou sair por enquanto e volto quando tudo se resolver' e isso estressa o mercado".
Desde o início do ano, o dólar subiu cerca de 5% contra os pesos mexicano e chileno, 8% ante o rand sul-africano e 13% contra a lira turca, mas avançou 22,2% em relação ao real.
Apreensão no cenário interno= "O nosso horizonte está muito ruim e, para piorar, tem as manifestações no fim de semana", disse à Reuters o estrategista da corretora Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno, referindo-se aos protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff. "O investidor estrangeiro diz: 'vou sair por enquanto e volto quando tudo se resolver' e isso estressa o mercado".
Disparada do dólar
Veja o valor de fechamento em R$ por data.
Gráfico elaborado em 13/03/2015
A principal preocupação é que, à medida que a popularidade da presidente cai e cresce a rebeldia na base governista no Congresso, torna-se cada vez mais custoso para o governo implementar as dolorosas medidas de ajuste e resgatar a credibilidade da política fiscal brasileira.
Essa perspectiva tem sido corroborada também pelos desdobramentos do escândalo bilionário de corrupção na Petrobras, que vem assustando investidores estrangeiros.
Interferência do Banco Central= Os ruídos em torno do futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio completavam o quadro de apreensão doméstica. O BC vem vendendo swaps cambiais diariamente desde agosto de 2013 para oferecer proteção cambial e limitar a volatilidade, em um programa marcado para durar pelo menos até o fim deste mês.
As incertezas ganharam ainda mais força no início da tarde após a Bloomberg noticiar que o governo não vai tentar segurar a alta do dólar, apesar de considerar parte desse movimento como especulação, citando uma fonte. Segundo a fonte, o BC não vai "queimar reservas" para conter o avanço da moeda norte-americana.
Essa perspectiva tem sido corroborada também pelos desdobramentos do escândalo bilionário de corrupção na Petrobras, que vem assustando investidores estrangeiros.
Interferência do Banco Central= Os ruídos em torno do futuro do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio completavam o quadro de apreensão doméstica. O BC vem vendendo swaps cambiais diariamente desde agosto de 2013 para oferecer proteção cambial e limitar a volatilidade, em um programa marcado para durar pelo menos até o fim deste mês.
As incertezas ganharam ainda mais força no início da tarde após a Bloomberg noticiar que o governo não vai tentar segurar a alta do dólar, apesar de considerar parte desse movimento como especulação, citando uma fonte. Segundo a fonte, o BC não vai "queimar reservas" para conter o avanço da moeda norte-americana.
"O mercado está sensível e corre para comprar dólares quando ouve uma notícia dessas", disse à Reuters o economista-chefe do BESI, Jankiel Santos.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps pelas rações diárias, equivalentes a uma posição vendida de US$ 97,5 milhões. Foram vendidos 1.050 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 950 para 1º de março de 2016.
O BC também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, foram rolados cerca de 36% do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps pelas rações diárias, equivalentes a uma posição vendida de US$ 97,5 milhões. Foram vendidos 1.050 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 950 para 1º de março de 2016.
O BC também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, foram rolados cerca de 36% do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.
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