Os três policiais militares suspeitos de envolvimento no desparecimento de Geovane Mascarenhas de Santana, que foi encontrado morto em Salvador, tiveram a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias.
De acordo com a Polícia Civil, o pedido foi feito pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para que o inquérito seja concluído e atentido pela Justiça.
Geovane, de 22 anos, desapareceu no dia 2 de agosto e os restos mortais dele foram encontrados no dia 3. O rapaz foi decapitado, carbonizado, teve duas tatuagens removidas do corpo e os órgãos genitais retirados. Jovem foi enterrado no dia 24 de agosto, no município de Serra Preta, no interior da Bahia. Os três policiais que abordaram Geovane foram identificados e presos.
Os PMs suspeitos são Cláudio Bonfim Borges, Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende. Um deles é subtenente, com mais de 20 anos de atuação, e era comandante da guarnição. Os demais têm 11 e 14 anos de polícia.
Defesa= Os policiais suspeitos prestaram depoimento por cerca de onze horas na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o coronel Alfredo Castro, os PMs afirmam que o rapaz foi abordado por ter características semelhantes às de um assaltante que teria roubado uma mulher na região da Calçada.
Eles sustentam que levaram Geovane até a mulher, mas ela não o reconheceu como o ladrão e depois disso ele foi liberado. "Eles já foram ouvidos várias vezes na Corregedoria e duas na Polícia Civil, e sustentam a mesma versão", destaca o coronel.
A Justiça decretou a prisão temporária dos três, por 30 dias, para evitar intimidação a testemunhas e a familiares da vítima, e que se percam provas do crime, segundo o delegado-chefe Hélio Jorge.
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