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PSB oficializa chapa presidencial com Marina Silva e Beto Albuquerque

Beto Albuquerque discursa na sede do PSB; à mesa, sentada, a candidata a presidente Marina Silva, ao lado de dirigentes do PSB (Foto: Filipe Matoso / G1)Beto Albuquerque discursa na sede do PSB; à mesa, sentada, a candidata a presidente Marina Silva, ao lado de dirigentes do PSB (Foto: Filipe Matoso / G1)
Após reunir a Comissão Executiva Nacional do partido, o PSB anunciou na noite desta quarta-feira (20) a ex-senadora Marina Silva como candidata a presidente da República e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) como candidato a vice.
O anúncio foi feito após a reunião, na sede do partido, em Brasília. Segundo Beto Albuquerque, a chapa recebeu aprovação unânime da executiva.  Com a decisão, a legenda tem até o próximo sábado (23) para registrar a nova chapa junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A mudança na cabeça de chapa é anunciada uma semana depois da morte do candidato Eduardo Campos em um acidente aéreo, em Santos (SP) – Marina Silva era a candidata a vice. Além do ex-governador de Pernambuco, morreram outras seis pessoas, dos quais dois pilotos e quatro assessores de campanha.Ao chegar à sede do PSB, por volta das 20h, Marina Silva afirmou que “deve”  responsabilidades ao partido, em razão do compromisso assumido no ano passado ao formar a chapa com Eduardo Campos.
"Aqui há um compromisso com as responsabilidades já assumidas, construídas ombro a ombro, noite e madrugadas adentro sob a liderança de Eduardo. Recebi de uma forma muito afetuosa uma carta que eu chamo de carta-inventário, onde o presidente Roberto Amaral me diz qual é o significado da luta, da trajetória desse partido e que agora juntos temos a responsabilidade de ajuda-lo a se erguer após a perda irreparável que sofreu", declarou Marina Silva, que ao final do discurso repetiu o bordão criado por Eduardo Campos: "Não vamos desistir do Brasil".
Albuquerque disse que ele e Marina não deixarão "pela metade" a herança política de Eduardo Campos. "Estou aqui para fazer o que o Eduardo me disse ao longo desses 20 anos. Ele que dizia que nunca podemos deixar nada pela metade. Eu e Marina estamos aqui porque não vamos deixar pela metade o legado de Eduardo", afirmou.
As conversas internas entre dirigentes do PSB e dos demais partidos da coligação Unidos pelo Brasil em torno do nome de Marina começaram na semana passada. A cúpula da legenda decidiu aguardar o sepultamento e as últimas homenagens a Campos para fazer o anúncio oficial da sua substituta, mas desde o último sábado (16) o nome da ex-senadora já é tido como certo.
Dirigentes pessebistas apontaram como "natural" a escolha de Marina Silva, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial de 2010 – atrás de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) –, com quase 20 milhões de votos ou 19% da preferência do eleitorado.
A escolha do candidato a vice-presidente, porém, não foi simples. A direção do PSB, partido que tinha preferência na indicação do candidato, queria encontrar um nome que fosse um quadro "orgânico" do partido, ou seja, que fosse filiado desde o início da sua trajetória política. Além disso, o candidato deveria ser da confiança da família Campos, especialmente da viúva Renata, e ter boa relação com Marina Silva.
A preocupação do partido em escolher um nome que tenha ligação estreita com Campos se deve ao fato de que Marina Silva não é considerada uma representante legítima do PSB, mas sim da Rede Sustentabilidade. Ela é uma das fundadoras da legenda que teve seu registro barrado pela Justiça Eleitoral e por isso não pôde lançar candidatos na eleição deste ano.
Além de Beto Albuquerque, outros socialistas foram apontados como possíveis candidatos a vice, entre os quais a própria viúva Renata Campos, considerada pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, "a grande liderança" do partido atualmente. A ex-prefeita de São Paulo Luiz Erundina; o coordenador do programa de governo do PSB Maurício Rands; o ex-secretário do governo de Pernambuco Danilo Cabral e o ex-ministro Fernando Bezerra foram outros nomes cogitados entre os dirigentes.
A opção por Albuquerque, conforme adiantou o Blog do Camarotti nesta terça-feira (19), foi acordada entre o PSB e a família de Eduardo Campos, em razão de o deputado ser próximo a Marina e pessoa de confiança do ex-governador de Pernambuco. O nome, porém, sofreu resistência por parte da seção regional do partido em Pernambuco, que tinha preferência por um quadro cuja base eleitoral fosse o Nordeste.
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na segunda (18) – a primeira após a morte de Campos –, apontou Marina Silva em segundo lugar na disputa pelo Palácio do Planalto com 21% das intenções de voto, empatada tecnicamente com o tucano Aécio Neves (20%) e atrás de Dilma Rousseff (36%). Em eventual segundo turno com a candidata petista, Marina teria 47% das intenções de voto, contra 43% de Dilma.
Marina Silva= A ex-senadora é conhecida por defender causas relacionadas à proteção do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Marina Silva, assim como Eduardo Campos, chegou a ser ministra do governo Luiz Inácio Lula da Silva, ao chefiar a pasta do Meio Ambiente.
Nascida no Acre e filha de seringueiro, Marina diz publicamente que uns de seus principais mentores na vida política são o ex-presidente Lula e o ativista ambiental Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, que foi assassinado em 1988.
Em 2010, Marina Silva se candidatou ao Planalto pelo Partido Verde (PV) e obteve no primeiro turno 20% das intenções de voto. À época, disputaram o segundo turno Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).
Beto Albuquerque= Líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque está no seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo partido. Gaúcho natural de Passo Fundo, o político já trabalhou para o governador petista Tarso Genro como secretário de Infraestrutura e Logística de 2010 a 2012.
Nas eleições de 2014, abriu mão de tentar a reeleição à Câmara dos Deputados para disputar uma vaga no Senado Federal e, segundo recente pesquisa eleitoral, estava em terceiro lugar na intenção de voto. A candidatura atendia a um pedido do partido, que apoia a candidatura do peemedebista José Ivo Sartori ao governo do Rio Grande do Sul.

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