O assassino do cantor Daniel Pellegrine, o MC Daleste, efetuou os dois disparos que atingiram o funkeiro de um mesmo ponto, a 40 metros de distância. Os disparos partiram de uma área ao lado de uma casa em construção próximo de um matagal, por onde o criminoso deve ter fugido. Os dados foram revelados durante a reconstituição simulada realizada no local por peritos do Instituto de CriminalÃstica (IC) da PolÃcia Civil de Campinas (SP) nesta quinta-feira (18).
A perita do IC Ana Cláudia Diez disse que os trabalhos não conseguiram identificar qual a arma usada no crime, mas está praticamente descartada a possibilidade de um segundo atirador no local do crime. Ainda segundo a perita, as conclusões foram tiradas após a reconstituição simulada desta quinta-feira, dos buracos feitos pelas balas no palco e pelo laudo elaborado pelo IC. Daleste foi atingido por dois tiros. O primeiro atingiu a axila direita, mas de raspão. Daleste chegou a perceber, mas continuou o show. O segundo tiro entrou pelo lado esquerdo do corpo pela região abdominal e atingiu o estômago, o fÃgado e o pulmão direito. O cantor morreu de anemia aguda, constatou o laudo.
PolÃcia Civil faz simulação para investigar ponto de disparo que matou MC Daleste em show em Campinas (Foto: Marcello Carvalho/G1 Campinas)PolÃcia faz simulação para investigar ponto de disparo que matou Daleste (Foto: Marcello Carvalho/G1)
Denúncias
Desde a abertura do inquérito, a polÃcia já recebeu pelo menos 100 denúncias feitas por meio de vÃdeos ou mensagens. Embora o número seja expressivo, delegado Rui Pegolo disse que elas ainda não apontaram para um suspeito. Com as análises feitas até o momento, ele acredita que o atirador não estava entre os fãs, tenha estudado o local do show e feito o disparo em diagonal, a 20 ou 30 metros do palco. "Houve um crime complexo. Precisamos desvendar", disse o policial.
Peritos do IC seguem analisando as imagens gravadas por fãs que estavam na apresentação. Fotos ou vÃdeos podem ser encaminhados para o email da polÃcia, enquanto informações podem ser fornecidas pelo Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo é assegurado.
Depoimentos
Na primeira semana de investigações, 15 testemunhas entre parentes da vÃtima, representantes da associação do bairro e um organizador da festa foram ouvidos no Setor de HomicÃdios. A série foi interrompida na sexta-feira (12), por causa de diligências feitas pelos investigadores no bairro onde o funkeiro foi baleado.

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