A marinha norte-americana tem um projeto ambicioso que visa transformar a água do mar em combustível para motores a jato. Em desenvolvimento no US Naval Research Laboratory (Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos, em tradução livre), o programa faz parte de uma série de iniciativas da força para melhorar sua independência energética, algo crucial nas estratégias que envolvem o deslocamento dos seus efetivos pelos oceanos do planeta.
Modernas embarcações militares contam com sistemas de
propulsão com turbinas. É por isso que o uso de combustível para jato não se
restringe às aeronaves da marinha, depositadas nos grandes navios aeródromos –
que, em boa parte dos casos, contam com sistemas nucleares de geração de
energia.
Embora a ideia de usar água do mar como matéria-prima para a
fabricação de combustível soe como algo sustentável, vale lembrar que, uma vez
queimado no motor, o combustível tem a mesma agressividade ao meio ambiente do
que aquele extraído do petróleo. A intenção da marinha norte-americana não é,
exatamente, poluir menos. É diminuir custos, reduzindo a dependência do
petróleo e do reabastecimento em terra.
Recentemente, a marinha dos Estados Unidos testou
biocombustíveis em suas frotas e teve a amarga decepção de pagar nove vezes o
preço do combustível convencional: foram US$ 27 por galão, comparados aos US$ 3
do combustível comum. A conta, salgada, alcançou 12 bilhões para apenas alguns
dias de exercícios e testes.
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