O novo disco de Joss Stone tem a mesma proposta da estreia, de 2003. Covers de soul music baseiam "The soul sessions volume 2". Mas, aos 25, ela não tem saudade dos 16. "Minha gravadora queria mesmo me controlar, muito! Queriam que eu tivesse cabelo loiro, eu queria rosa. Acabei fazendo o que queria", diz em entrevista ao G1.
Ela rompeu em 2010 com a gravadoraEMI e lançou selo próprio, pelo qual saíram dois discos seus e agora a estreia do Yes Sir Boss, banda inglesa de ska-rock que ela quer trazer ao Brasil. "Eles se dariam bem aí." Também cresceu neste tempo sua relação com o Brasil. Pela quinta vez em cinco anos seguidos ela toca no país. A turnê de novembro começa em São Paulo no domingo (11) e vai a Belo Horizonte (13), Rio (15) e Florianópolis (17).
G1 - Por que decidiu repetir a experiência da ‘soul session’? Tem saudades da época do primeiro álbum?
Joss Stone - Quero que o público se divirta, simples assim. Sei que se eles souberem as letras [das regravações], cantarem juntos, fico feliz também. Mas não tenho saudades do início da carreira. Era muito estressante no começo, eu não sabia o que fazia. Agora sei, então me divirto muito mais.
G1 - Soube que a gravadora queria escolher até a cor do seu cabelo no começo. Como isso mudou sua visão dos popstars? Eles são mais controlados do que parece?
Joss Stone - Minha gravadora na época queria mesmo me controlar, muito! Mas, para resumir, não funcionou para eles. Eles eram difíceis. Queriam que eu tivesse cabelo loiro, eu queria ter cabelo rosa. Acabei fazendo o que eu queria. Não estou mais com eles. Faço música do jeito que gosto, tenho ótimos momentos com isso. Mas se eu não tivesse aquela experiência, não teria apreciado a liberdade que eu tenho hoje. Então eu precisava ter passado por aquilo.
G1 - Por que, em um
disco de canções mais antigas, você resolveu graver “The high road”, dos Broken
Bells? E qual é a história do elefante no novo clipe da música? (Veja clipe de
"The high road", de Joss Stone.)
Joss Stone - Eu amo essa música. Eu adoro a angústia, e a
raiva na letra, e a história é ótima. Então, por que não? Gravei e funcionou. O
elefante foi ideia do roteirista. Eu pensei que seria arriscado. Mas ele disse
que poderíamos filmar com um elefante real, e eu me animei. Amo animais, e
nunca tinha tido contato com um elefante antes. Foi incrível. Era uma garota, o
nome dela era Suzy, maravilhosa. Esse ano eu também pintei um elefante para
ajudar na causa de preservação dos elefantes asiáticos. Adoro ajudar os
animais.
G1 - Estive no seu
show na estreia da nova turnê em Londres, e vi uma performance mais espontânea,
diferente de shows de outras cantoras, produzidos e coreografados. É sua
direção ser mais natural?
Joss Stone - Claro, é minha intenção. O que mais poderia ser?
Se não for natural, eu largo meu trabalho.
G1 - Naquele show,
você teve um problema com a alça arrebentada do vestido, mas se saiu bem dele,
segurando seus seios até o final. Como foi a experiência? (Veja registro de fã
no YouTube de Joss com vestido arrebentado em Londres.)
Joss Stone - Sim, foi hilário. Foi muito engraçado. Eu
fiquei nervosa pensando que haveria alguma foto dos meus peitos por aí. Por
sorte, não houve.
G1 – Nos posts recentes de sua página no Facebook há quase tantos comentários em português quanto em inglês. Por que acha que há tantos fãs no Brasil?
Joss Stone - A música pode viajar tão longe... Meus fãs aí são muito leais. Eles realmente fazem as coisas continuarem bem para mim. Ajudam a divulgar os shows. Isso é confortante. E quando eu volto para casa, eles continuam comigo, seguindo a música e o que estou fazendo. Não encontro fãs assim em nenhum outro lugar do mundo.
G1 – Você disse que teve um caso com um brasileiro aqui. Continua em contato?
Joss Stone - Sim, continuo. Ele é um ótimo amigo. Amável. Os brasileiros são tão passionais e lindos...
G1 – Você acaba de lançar o primeiro disco de sua gravadora, além do seu, do Yes Sir Boss.
Joss Stone – Sim, estou tão animada! Eles ainda estão em turnê, trabalhando duro. Talvez algum dia a gente consiga leva-los para a América do Sul. Eles se dariam bem aí. Têm pegada, é música de festa.
G1 – Como você se envolve com o trabalho no selo? Considera-se uma mulher de negócios agora?
Joss Stone - Até certo ponto, sim. Eu faço o papel de proteger os artistas e garantir que eles possam fazer o que eles precisam e querem criativamente. Que não tenham homens de negócios dizendo o que eles precisam fazer. Tenho o papel de ser a protetora. Ter certeza de que eles são livres.
G1 - Então é uma relação oposta à que você tinha?
Joss Stone - Exatamente.
G1 – Sobre outro grupo em que você se envolveu recentemente,
o SuperHeavy: Mick Jagger disse que ‘não havia egos, não havia um chefe no
grupo’. Você ficou intimidada por lidar com ele de igual para igual, teve medo
de discordar dele?
Joss Stone - Não, não foi intimidante. Ele não é assustador,
é um cara legal. Acho que a percepção do mundo sobre o Mick Jagger está errada.
Ele é doce e amável. Não é roqueiro louco, que flerta com todo mundo. Ouvi
tantas coisas interessantes sobre isso. ‘Ele flertou com você? Chamou você pra
sair?’ Não! O cara tem idade para ser meu pai. Não é esse tipo de pessoa, é um
cara normal e legal, que vem a ser muito talentoso.
G1 – Pode haver um disco novo do SuperHeavy ou foi um projeto
de um disco só?
Joss Stone - Talvez. Não há um nos planos agora, mas se
houver adoraria fazer parte.
G1 – E um próximo disco seu?
Joss Stone - Tenho uma ideia. Eu ia fazer um disco de
reggae, mas estou indo devagar. Tenho umas oito músicas. Vamos ver, talvez
volte a elas.
Joss Stone no Brasil em novembro
São Paulo
Quando: Domingo (11)
Onde: Credicard Hall
Ingressos: De R$ 90 a 400
Belo Horizonte
Quando: Terça-feira (13)
Onde: Chevrolet Hall
Ingressos: R$ 220
Rio
Quando: Quinta-feira (15)
Onde: Citibank Hall
Ingressos: De R$ 180 a 400
Florianópolis
Quando: Sábado (17)
Onde: Stage Music Hall
Ingressos: De R$ 70 a 250
Ingressos: Tickets For Fun
O show que a cantora faria em Porto Alegre no dia 20 foi
cancelado.
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