O médico Orozimbo Ruela de Oliveira Neto, que se envolveu em
uma briga com outro perofissional dentro da sala de cirurgia de um hospital
público em Ivinhema, a 297 km de Campo Grande, ficará impedido de exercer a
profissão por 30 dias, por determinação do Conselho Regional de Medicina de
Mato Grosso do Sul (CRM-MS). O caso ocorreu em fevereiro de 2010, durante o
parto da costureira Gislaine de Matos Rodrigues. A medida foi publicada pelo
órgão nesta quinta-feira (29).
As investigações da Polícia Civil, na época, apontaram que
Oliveira Neto realizava o parto normal da costureira, quando outro médico,
plantonista do hospital, teria invadido a sala de cirurgia dizendo que iria
fazer o procedimento. Os dois iniciaram uma discussão e chegaram a trocar socos
no local.
Ainda segundo as investigações, Oliveira Neto acompanhou a
costureira durante o pré-natal e teria sido escolhido por ela para fazer o
procedimento. O outro médico teria discordado e teria dito que faria o parto
poque era o plantonista do hospital naquele horário.
Por causa da briga, os dois médicos deixaram a sala de
cirurgia e um terceiro médico foi chamado para terminar o parto, mas o bebê,
que era uma menina, não sobreviveu. O atestado de óbito revelou que a morte foi
provocada por asfixia.
O assessor jurídico do
CRM-MS, André Borges, informou que o médico foi julgado e condenado pelo
órgão em setembro deste ano pela violação de cinco artigos do Código de Ética
Médica. “O Conselho entendeu que ele agiu de maneira antiética e por isso
aplicou a pena disciplinar”, explicou.
Ainda segundo o assessor, ele foi intimado pelo órgão, teve
prazo para recorrer da decisão, mas não contestou. A punição, publicada
hoje, é o resultado final do processo.
Oliveira Neto ficará impedido de exercer a profissão no
período de 14 de dezembro de 2012 a 12 de janeiro de 2013. Além do processo
ético-profissional, instaurado pelo CRM-MS, o médico responde a um processo de
erro médico, que tramita na 1ª Vara Cível de Ivinhema.
Em e-mail enviado à TV Morena na época, Oliveira Neto contou
sua versão sobre o caso e afirmou que tentou explicar para o médico que a
paciente tinha direito de ser atendida por outro profissional, que levou um
soco dele e que depois empurrou o médico.
O G1 tentou entrar em contato com o advogado de Oliveira
Neto, mas ele não foi encontrado em nenhum dos telefones. O G1 também entrou em
contato com o médico, mas não obteve
resposta.
Fonte: G1
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