O Jornal Agora publicou na edição deste sábado, 22, pesquisa
sobre as intenções de votos dos ilheenses realizada pela Gasparetto
Estatísticas Ltda. Registrada no TRE com o nº BA-00178/2012 no último dia 17, a
pesquisa aponta vantagem do candidato a prefeito Jabes Ribeiro (PP), da
Coligação Por Amor a Ilhéus, que tem 59,7% de preferência, seguido de Carmelita
(PT) com 27,8% e Jorge Luiz (PSOL) com 12,5%, no levantamento dos votos
nominais (válidos), excluídos os votos brancos, nulos e indecisos.
Os maiores índices de rejeição foram obtidos por Jorge Luiz
(51,3%) e Carmelita (43,4%). Neste item, Jabes aparece com 27,3%. Na pesquisa
estimulada, Jabes tem 41,5%, Carmelita 20,2%, Jorge Luiz 9,2%, brancos e nulos
somam 6% e 23,6% não declararam em quem votariam. No questionamento sobre a
intenção de voto espontânea Jabes aparece com 39,1%, Carmelita 18,1%, Jorge
Luiz 8,1% e 34,7% não sabiam em quem votar.
O Agora destaca explicação do doutor em Ciência Política
pelo IUPERJ, Hugo Borsani, sobre a diferença entre pesquisas espontâneas e
estimuladas. Na espontânea, o entrevistado é questionado sobre qual o candidato
ele pensa em votar, sem mencionar ou mostrar nenhum dos nomes dos candidatos
adversários. “O entrevistado deve recorrer à sua memória e ao seu conhecimento
dos demais candidatos”, explica o doutor.
A Gasparetto ouviu 703 entrevistados, entre os dias 4 e 10
de setembro. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para
menos. Foram entrevistadas pessoas de diferentes classes, idades, raças, sexos
em diversas áreas do município de Ilhéus, abrangendo 28 bairros locais.
Segundo a pesquisa de Agenor Gasparetto, algumas rejeições
ficaram evidentes e podem influir no resultado das urnas em 7 de outubro. A
avaliação indica que 41,7% dos entrevistados tendem à negatividade ao atual
governador, mesmo que a avaliação do governo federal ainda esteja positiva. A
administração municipal foi a mais criticada pelos entrevistados. Quase 80%
indicaram que o prefeito Newton Lima tem uma administração ruim ou péssima, e
por consequência, em outro quesito, 84% dos entrevistados disseram acreditar
que o prefeito não merece fazer um sucessor.
“A administração municipal tem uma avaliação tendendo ao
negativo. Reúne frágeis condições de fazer sucessor. Em condições de
normalidade política, NÃO fará sucessor. A propósito, a questão denominada como
hipótese Alexis de Tocqueville revela com grande clareza esse fato. Persistindo
esse quadro, o quadro tenderá à oposição e hoje ela atende pelo nome de Jabes
e, no horizonte, não há alternativa real” conclui o parecer do sociólogo Agenor
Gasparetto sobre a pesquisa.

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