O ex-presidente do PT José Genoino, condenado a seis anos e
11 meses de prisão no julgamento do mensalão, tomou posse como deputado federal
na tarde desta quinta-feira (3). Após o ato, disse se sentir "confortável"
no cargo, mesmo após a determinação do Supremo Tribunal Federal de que
parlamentares condenados no processo perderão o cargo.
"Me sinto confortável porque estou seguindo as regras
da Constituição do meu país. Estou aqui cumprindo um dever legal, correto de
cumprir a legislação brasileira", disse após a posse. "Meu
compromisso com a democracia é profundo e radical", afirmou durante
entrevista após a posse.
Genoino é o segundo suplente da coligação. Ele assumiu
porque o primeiro suplente, Vanderlei Siraque, vai ocupar a vaga de Carlinhos
Almeida (PT-SP), que renunciou por ter tomado posse como prefeito de São José
dos Campos (SP). Como Siraque estava exercendo o mandato no lugar de Aldo
Rebelo, atual ministro dos Esportes, Genoino, segundo suplente, ficou com a
vaga.
Pela decisão do Supremo, os deputados condenados no mensalão
perderão o mandato somente após o trânsito em julgado na condenação, isto é,
quando se esgotarem as possibilidades de recurso. A pena de prisão também só
começa a ser cumprida após decisão sobre os recursos, conhecidos como
"embargos". Ministros do STF estimam que isso deve ocorrer neste ano.
Na entrevista, Genoino preferiu não opinar sobre a perda do
mandato, que levou a um embate entre o STF e o presidente da Câmara, Marco Maia
(PT-RS) - para Maia, é da Câmara a prerrogativa de cassar mandatos. "Eu
não serei motivo de discordância entre
os poderes", afirmou Genoino.
Fonte: G1
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