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Fachin manda afastar Aécio do mandato de senador e decide enviar ao plenário do STF pedido de prisão









O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente 
nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de
senador. O magistrado, no entanto, optou por não 
decretar monocraticamente o pedido apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano.
No despacho, conforme apurou a TV Globo, Fachin 
decidiu submeter ao plenário do Supremo o pedido 
de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral 
da República, Rodrigo Janot.
Até o meio da manhã, o STF ainda não havia 
anunciado quando será julgado o pedido de prisão. 
Na pauta oficial de julgamentos, permaneciam 
marcadas somente ações relacionadas a 
aposentadoria de servidores. É possível, porém, 
que Fachin peça à presidente do STF, Cármen Lúcia, 
para julgar o pedido fora da pauta, em razão da 
urgência do pedido da PGR.
Entenda o que está acontecendo nesta quinta:
A delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, 
donos do frigorífico JBS, levantou suspeitas sobre
políticos e um procurador da República.
Nesta quarta, "O Globo" informou que o dono da 
silêncio de Eduardo Cunha. O presidente disse que
 se reuniu com o empresário Joesley Batista, 
Aécio é investigado por pedir R$ 2 milhões à JBS para
pagar pela sua defesa na Lava Jato. O tucano nega.
Os depoimentos desencadearam decisões no STF 
e operações da Polícia Federal.
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a 
prisão de Aécio Neves, mas o ministro Edson Fachin
autorizou apenas o afastamento dele do Senado. 
O pedido de prisão será julgado pelo plenário do STF.
Fachin também autorizou o afastamento do deputado
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) . Ele teria sido 
indicado por Temer para receber propina.
O Congresso ainda não se pronunciou sobre as 
decisões do STF.
A PF faz buscas em endereços ligados a Aécio Neves no Rio, Brasília e em Minas Gerais.
O primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, 
foi preso em Minas Gerais. Também foram detidos 
Menderson Souza Lima, assessor do senador 
Zezé Perrela, e uma irmã do doleiro Lucio Funaro.
Os gabinetes de Zezé Perrela e de Rocha Loures 
também são alvos de buscas.
Goulart Villela, do TSE. Ele é suspeito de favorecer 
uma empresa do grupo J&F.
quinta e se reuniu com ministros em seu gabinete. 
Ele avalia fazer um pronunciamento hoje.
Afastamento de Rocha Loures=O relator da Lava Jato 
determinou que o deputado federal Rodrigo Rocha 
Loures (PMDB-PR) seja afastado da Câmara. 
Fachin, a exemplo do que decidiu em relação a 
Aécio, também preferiu enviar ao plenário do 
tribunal o pedido da PGR para prender o deputado 
do PMDB.
Operação Patmos= Endereços ligados ao parlamentar 
na manhã desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, 
em Belo Horizonte e em Brasília. A operação que 
tem Aécio como um dos alvos foi batizada pela 
Polícia Federal como Patmos, em referência à ilha
grega onde o apóstolo João teve visões do Apocalipse.
O acesso aos corredores dos gabinetes dos 
senadores Aécio Neves e do deputado Rodrigo 
Rocha Loutes (PMDB-PR) no Congresso Nacional
foram bloqueados nesta manhã.
Os agentes da PF chegaram ao Congresso pela 
Chapelaria, o acesso principal às duas Casas 
legislativas. Eles carregavam malotes para apreender
 documentos e possíveis equipamentos eletrônicos.
No Rio, estão sendo cumpridos mandados de busca
 e apreensão em três endereços: os apartamentos 
de Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair Alves 
Pinto, conhecido por ser braço direito de Cunha.
Fachin também expediu mandado de prisão contra 
o advogado Willer Tomaz, que é ligado a Eduardo 
Cunha.
Em São Paulo, há buscas em imóvel do coronel João
Batista Lima Filho. O militar é amigo de Michel Temer.








Irmã de Aécio= Além de afastar o senador do PSDB, 
Fachin expediu um um mandado de prisão contra a
irmã e assessora de Aécio, Andréa Neves. Ela foi presa
Prisão de procurador= O procurador da República 
Eleitoral (TSE), foi preso nesta manhã pela Polícia
Federal. Agentes da PF cumpriram mandados de 
busca e apreensão na sede da Corte eleitoral, em 
Brasília.
Por ordem da PGR, foram apreendidos o computador,
um HD externo e documentos na mesa de trabalho 
de Villela.
A medida se dá em razão da atuação do procurador 
no âmbito da Procuradoria Regional da República 
da 1ª Região, instância do Ministério Público Federal
que atua junto à Justiça Federal em Brasília.
Delação da JBS= Reportagem publicada nesta 
quarta (17) no site do jornal "O Globo" revelou que
 o dono do frigorífico JBS Joesley Batista entregou 
à Procuradoria Geral da República uma gravação 
No áudio gravado por Joesley, com duração de cerca
 de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica
 o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar
 sua defesa na Lava Jato. O senador tucano é alvo de
seis inquéritos no Supremo relacionados à Lava Jato.
O jornal também informou que o dono do frigorífico JBS
entregou uma gravação feita em 7 de março deste ano 
em que o presidente da República, Michel Temer, indica
Rocha Loures para resolver assuntos da holding J&F 
no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Rocha Loures já foi chefe de Relações Institucionais da Presidência, quando Temer era vice-presidente. Após o impeachment de Dilma Rousseff, o parlamentar 
peemedebista atuou como assessor especial da 
Presidência. Ele assumiu uma cadeira na Câmara
 no momento em que o Osmar Serraglio (PMDB-PR) 
deixou o parlamento para assumir o comando do 
Ministério da Justiça.
A reportagem relata que o dono da JBS marcou um
 encontro com Rocha Loures em Brasília e contou o
 que precisava no Cade. Pelo serviço, segundo 
"O Globo", Joesley ofereceu propina de 5% e Rocha
Lores deu o aval.
O que dizem os alvos da operação= Na noite desta quarta, a assessoria de imprensa do parlamentar mineiro afirmou
A assessoria de Rocha Loures disse à TV Globo que 
o deputado do PMDB, que está nos Estados Unidos, 
irá retornar ao Brasil nesta quinta. Ainda de acordo 
com os assessores, somente quando desembarcar
no país, nesta sexta (19), ele irá se pronunciar sobre 
as acusações.
Em vídeo públicado em sua página no Facebook, 
Zezé Perrella afirmou que "nunca" recebeu "um real 
sequer" da JBS. "Eu quero dizer para os que me 
conhecem e para os que não me conhecem que 
eu nunca falei com o dono da Friboi. Não conheço 
ninguém ligado a esse grupo. Nunca recebi de maneira
oficial ou extra-oficial um real sequer dessa referida 
empresa", diz o senador no vídeo.
A assessoria do senador Zezé Perrela disse que 
continua valendo o esclarecimento de ontem à noite. 
Sobre os desdobramentos de hoje, vai esperar ter acesso aos autos pra se manifestar.
A defesa do deputado cassado Eduardo 
Cunha (PMDB-RJ) disse que ainda está “tomando pé” 
da delação dos donos da J&F e da operação desta 
quinta-feira da PF.
O Senado informou à TV Globo que, até o momento, 
ainda não recebeu oficialmente o mandado do ministro do Supremo que mandar afastar Aécio do parlamento.







Fonte: G1

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