- Ele (Jorge) não me consultou e não gostei da postura dele comigo. Estou deixando de ser o advogado dele - disse Eliézer.
No último domingo, pela primeira vez, Jorge falou com a imprensa sobre o caso e voltou a acusar Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, pela morte de Eliza. O jovem, no entanto, foi contraditório ao falar sobre a participação de Bruno no crime. Primeiro, Jorge disse que o goleiro não sabia de nada, e em seguida falou que seria impossível não saber dos planos de Macarrão, condenado, em novembro do ano passado, pelo assassinato da modelo.
Eliézer Jônatas não aprovou a entrevista dada pelo seu ex-cliente. De acordo com o advogado, se dependesse dele, Jorge, que já cumpriu, por dois anos e dois meses, medida sócio-educativa pelo caso, não teria dado qualquer declaração.
- Eu não sei o que o levou a dar essa entrevista. Se dependesse de mim, ele não faria isso. Ele não deve mais nada, já pagou o que ‘devia’ à Justiça, por isso não tem necessidade de colocá-lo novamente vulnerável. Agora, o ideal seria preservá-lo - complementou o advogado.
Eliézer disse ainda ter ficado indignado com duas declarações do seu ex-cliente.
- Em dois anos e oito meses na defesa dele, o Jorge nunca me falou que o Bruno poderia saber do plano do Macarrão de matar a Eliza. Ele também nunca me contou que o próprio Macarrão teria lhe oferecido dinheiro caso ele matasse a Ingrid (Calheiros, atual mulher de Bruno). Essas declarações dele me surpreenderam. Não gostei nem um pouco - acrescentou o advogado.
Jorge Luiz será ouvido como testemunha no julgamento de Bruno, que será no próximo dia 4. Ele deixou de cumprir medida sócio-educativa em setembro do ano passado. De acordo com Eliézer, Jorge nunca relatou ter sofrido ameaças por ser testemunha do caso Eliza Samúdio. O advogado evitou comentar sobre a possibilidade do jovem sofrer retaliações por suas novas declarações.
Fonte: Extra
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