O homem de 38 anos, que confessou neste domingo (9) ter
matado os pais, a irmã e o sobrinho, foi ao velório dos familiares antes de se
entregar à polícia. O crime ocorreu na sexta-feira (7), em Penha, no Norte de
Santa Catarina.
De acordo com a polícia, o próprio suspeito avisou sobre o
crime, mas no primeiro depoimento ele afimou que estava tomando banho quando
ocorreram os assassinatos. Ele foi liberado, mas depois voltou e confessou ter
matado os quatro familiares.
Silvia Santos perdeu os pais, a irmã e o sobrinho. "Ele
acabou com a nossa família e acabou com a vida dele", desabafou ela.
Conforme conta Silvia, a mãe tinha um carinho especial pelo filho. "Ela
amava todos, mas especialmente esse que a assassinou, que tirou a vida dela
cruelmente, e do meu pai, da minha irmã e do meu sobrinho", disse.
Segundo o delegado Rodolfo Farah Valente Filho, o homem é
usuário de drogas há cinco anos e afirmou estar sob efeito de cocaína ao
cometer os assassinatos. Ele foi preso temporariamente na noite deste domingo
(9).
A outra irmã, Zilda Delfino, afirma que já havia conversado
com Silvia sobre as atitudes do irmão. "Há pouco tempo ainda comentei:
'Silvia, eu tenho medo pela Preta [apelido da irmã assassinada], pelo pai, pela
mãe, pelo Pedro [sobrinho]' dele ficar devendo e os traficantes cobrarem e
matarem a família toda'. Ela respondeu que aqui [cidade] não acontece essas
coisas. Infelizmente, o assassino estava dentro da casa da minha mãe",
comenta ela.
Após a confissão, a Polícia Civil pediu a prisão temporária
do suspeito. O local de detenção não foi divulgado por questão de segurança.
Depoimento
No segundo depoimento, na tarde deste domingo (9), o homem
afirmou sentir raiva da irmã, Leopoldina, de 41 anos, por achar que ela não
tratava bem os pais. Ele disse à polícia que usou cocaína e tomou coragem para
matá-la. Mas, como não queria que a mãe dos dois, Carmen Cunha Flores, 69,
sofresse, chamou a senhora para os fundos da casa e a assassinou com uma
marreta.
Segundo o homem, depois de matar a mãe, ele deixou a marreta
em uma gaveta, pegou um martelo e foi até um cômodo da casa para executar a
irmã. Como o sobrinho, Pedro Henrique, de 10 anos, presenciou a cena, ele
também matou o menino, e depois o pai, Luiz, 72, que estava em outro quarto.
De acordo com o delegado Farah, o homem de 38 anos já era um
dos principais suspeitos desde o início das investigações, embora uma pesquisa
preliminar não tenha revelado passagem sua pela polícia nem internação por uso
de drogas.
Agora, a Polícia Civil tem o prazo de dez dias para concluir
o inquérito e entregar à Justiça. De acordo com Farah, as autoridades vão
aguardar o laudo pericial e ouvir possíveis testemunhas. Nesse meio tempo,
podem pedir a conversão da prisão temporária em preventiva.
Fonte: G1


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