O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que "acha" que haverá uma prorrogação do auxílio emergencial, mas não deu detalhes de valor ou de duração. Foi a primeira vez que Bolsonaro admitiu a volta do benefício, suspenso em dezembro, o que vinha negando desde o início do ano. A declaração ocorreu durante entrevista à TV Band. Questionado sobre se haveria prorrogação do auxílio, Bolsonaro respondeu:
— Eu acho que vai ter. Vai ter uma prorrogação. Foram cinco meses de 600 reais e quatro meses de 300. O endividamento chegou na casa dos 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal. A declaração do presidente é uma mudança de tom em relação ao que afirmou no último dia 28 de janeiro. Na ocasião, disse que a retomada do auxílio quebraria o país. Na mesma semana, Bolsonaro disse que o benefício "não é aposentadoria" e destacou que a capacidade de endividamento do governo estava no limite.Sem dar detalhes, Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que está sendo estudada uma "linha de corte", indicando que menos pessoas serão atendidas:
— Agora, tem a pressão? Tem. O que está sendo estudado: uma linha de corte. Foram 68 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial — disse, acrescentando depois: — Até quando a gente pode bancar isso daí?O presidente disse que a prorrogação precisa ser feita com "responsabilidade" em relação às contas públicas para não ter efeitos negativos no mercado, como um aumento no dólar:
— Se você não fizer com responsabilidade isso, você acaba tendo desconfiança do mercado, aumenta o valor do dólar, passa para R$ 6, vai impactar no preço do combustível. Fica uma bola de neve.
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