Mensagens de assédio encaminhadas por um homem
de 47 anos a uma menina de 9 foram descobertas pelo
pai dela, que avisou a polícia e compareceu, junto com
os policiais, a um encontro que o suspeito havia marcado
com a vítima nesta terça-feira (23) em Várzea Grande,
região metropolitana de Cuiabá (MT). O homem foi preso
em flagrante.
Segundo o delegado Cláudio Alvarez, da Polícia Civil,
o suspeito confessou que sabia que a vítima era uma
criança e assumiu a autoria das mensagens enviadas
à menina pelo WhatsApp.
"O pai procurou a delegacia sem saber o que fazer,
afirmando que a filha iria se encontrar com um homem
mais velho, que a levaria para um motel. O estupro foi
impedido no último momento", afirmou o delegado.
O homem começou a conversar com a menina pelo
bate-papo do Facebook. Ele pediu o número de telefone
dela e, a partir do dia 1° de maio, os dois trocaram
mensagens. Ele conduzia os assuntos, sempre a
assediando. Algumas vezes pediu que ela enviasse
imagens dela sem roupas.
Ele também insistiu para se encontrar pessoalmente,
pediu que ela tomasse um anticoncepcional da mãe
dela antes do encontro e que comparecesse ao local
combinado sem calcinha.
Nas conversas, que foram disponibilizadas pela polícia,
o homem pedia que a menina não deixasse que a mãe
dela visse as mensagens no celular.
O encontro foi marcado em um local próximo à casa
da vítima. Ele a aguardava em um carro quando a polícia
chegou e o surpreendeu.
Mais vítimas=De acordo com o delegado, a suspeita
é que criança não tenha sido a única vítima desse
homem. Não se descarta a possibilidade de ele já ter
cometido, de fato, um estupro. O delegado contou que
no celular do suspeito foram encontradas conversas
com mais de 20 menores de idade. O aparelho será
enviado para a perícia - há a suspeita de que ele tenha
apagado imagens do celular.
"Ele apagou algumas fotos do celular, provavelmente
de crianças nuas. As vítimas eram escolhidas pelo
Facebook, onde ele pedia o número de WhatsApp
para enviar fotos e mensagens de teor sexual",
contou Cláudio Alvarez.
Para o delegado, os pais devem fiscalizar conversas
e redes sociais dos filhos para que esse tipo de
situação possa ser impedida antes que o pior
aconteça. "A pedofilia, infelizmente, é uma realidade
e acontece todos os dias. O diálogo precisa ser aberto,
a conversa sobre sexo não pode ser tabu. A criança
precisa conhecer os riscos", analisou.
*Sob a supervisão de Pollyana Araújo
Fonte: G1
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