O ex-prefeito de Itagimirim, sul da Bahia, Rogério
Andrade de Oliveira, e o ex-secretário municipal
Rilson Neris Miranda, investigados em uma operação
prefeitura, foram presos em flagrante, na quarta
feira (17), com arma e munições. Eles eram alvos
de condução coercitiva na operação e acabaram
autuados por posse ilegal de arma, segundo a
Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Outros antigos auxiliares do ex-prefeito foram
conduzidos coercitivamente na operação. Sérgio
Murilo Cerqueira Menezes, que é secretário de
Educação, Rafael César do Amaral e Wesley José
Gonçalves são suspeitos de vários crimes contra
o município, conforme a polícia.
Os mandados foram cumpridos nas casas das
pessoas ligadas aos investigados situadas em
Itagimirim e também nas cidades de Itapebi, Santa
Cruz Cabrália e Belmonte.
O ex-prefeito Rogério Oliveira estava com uma
espingarda calibre 12 e munições. Com Rilson,
foram encontradas munições calibre 762 usadas
em fuzil, segundo a polícia.
As investigações da operação estão a cargo da
23ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil do
Interior (Eunápolis) e foram iniciadas após
requisição do Ministério Público. Os indiciados
são investigados pelo desaparecimento de peças
de veículos automotores e tratores, de documentos
contábeis da administração municipal, aparelhos
de ar-condicionado, computadores, scaneres,
impressoras, móveis do gabinete e da recepção,
objetos de decoração e outros bens públicos.
Durante as buscas da polícia, foram apreendidos
documentos, cheques, um armário e uma cadeira
do mobiliário da prefeitura.
Também são investigados os crimes investigados
de improbidade administrativa e ausência de
prestação de contas ao Tribunal de Contas do
Estado (TCE), de portarias de nomeações e de
pastas de pagamentos dos servidores.
De acordo com o advogado de Rafael Cesar, Antônio
Pitanga, o cliente dele foi secretário de Educação a
partir de abril de 2016, ainda na gestão de Rogério
Andrade, que deixou a prefeitura após perder a
disputa para Devanir Brillantino, atual prefeita de
Itagimirim. Apesar da mudança, Rafael foi convidado
a permanecer no cargo e tomou posse em fevereiro
deste ano.
O secretário Rafael foi liberado da Delegacia de Eunápolis
na tarde desta quarta-feira, após prestar depoimento.
Ele nega que tenha roubado qualquer documento ou
bens da prefeitura e informou que vai entregar um
relatório para a polícia que possa ajudar nas
investigações. "A prefeitura atual fez um relatório
de patrimônio e documental onde foi observada
a falta de documentos. O secretário enviou esse
relatório técnico ao MP [Ministério Público]", explicou
Pitanga.
O promotor de Justiça, Helber Luiz Batista, da Comarca
de Itagimirim, confirmou que o relatório de todas as
secretarias foi encaminhado ao órgão, mas as pessoas
que foram conduzidas até a delegacia foram apontadas
por testemunhas como autoras do delito.
"Toda a gestão atual relatou os documentos suprimidos
e móveis que não estavam nas áreas municipais.
No entanto, o pedido de busca e apreensão teve como fundamento o que estava nos autos, onde existem
depoimentos de testemunhas que apontam como
esses bens foram subtraídos. Então, todos os
apontados precisaram ser ouvidos", relatou Batista.
Fonte: G1
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