Alexandra Allen, de 17 anos, é alérgica a água. Moradora de Utah, nos Estados Unidos, a jovem é portadora de urticária aquagênica, uma condição muito rara que, segundo especialistas afeta apenas 35 pessoas em todo o mundo. Vítima do problema, a estudante pode sofrer queimaduras e rachaduras na pele só por suar ou se arriscar em um banho um pouquinho mais demorado. Para piorar, seus sintomas que podem durar até uma semana após a exposição ao líquido.
Alexandra descobriu que era portadora da condição aos 12 anos, quando, de férias com a família, foi nadar em uma piscina de hotel e, no dia seguinte, acordou com coceiras e urticárias por todo corpo. “Eu me lembro de me sentar no banheiro, lutando para não me coçar, com as dores aumentando”, lembra ela.
Inicialmente, a jovem chegou a achar que poderia ter tido uma reação ao cloro ou algum outro produto químico presente na água da piscina. Por isso, passou a evitar nadar nesses locais. Porém, eventualmente, o problema voltou a aparecer depois de ter tido outros contatos com o líquido. Por fim, aos 15 anos, através de uma pequisa na internet, ela desconfiou que poderia ter a urticária aquagênica. A confirmação veio depois de uma consulta com seu dermatologista.
“Ele trouxe outros médicos e todos se sentaram à minha volta com admiração”, conta ela, que precisou mergulhar em uma banheira antes de receber seu diagnóstico. A experiência, para a americana, foi “como ser torturada”.
Alexandra Allen descobriu a condição aos 15 anos Foto: Reprodução / Twitter |
Agora, ele tenta evitar o contato com a água o máximo que pode. “Não vale mais a pena. É emocional e fisicamente muito doloroso para mim. Eu não me permito arriscar”, afirma Alexandra, que procura não suar evitando exercícios físicos e permanecendo em locais de temperaturas amenas. Até os banhos são bastante rápidos e somente três vezes na semana. Sobre sua dor, ela explica: “Parece que a pele foi lixada. Mas você não pode se coçar porque, caso contrário, pode sangrar. É como se você tivesse sido mergulhado em ácido”.
A doença não tem cura. E, por isso, Alexandra segue a única recomendação médica que tem: ficar longe da água o máximo possível. Apesar disso, ela permanece resignada. “Acho que tenho sorte. Poderia ter doenças piores. A minha é gerenciável”, afirma.
As informações são do jornal Daily Mail.
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