Na manhã desta quarta-feira (12), Ferdinando Tonelli e Delma
Freire confessaram ter matado a nora, a turista alemã Jennifer Kloker, em
fevereiro de 2010. Este é o terceiro dia de julgamento do caso, em São Lourenço
da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Eles e outros três réus são
acusados do crime. Delma Freire, acusada de ser a mandante, contou detalhes à
juíza Marinês Marques Viana. "Fiz tudo isso por amor ao meu filho e à
minha família. Eu não ia falar nada disso, mas não ia conseguir dormir. Queria
pedir desculpas à sociedade pela mentirosa que eu sou. Hoje em dia não agiria
assim", afirmou Delma. Ferdinando Tonelli havia confessado envolvimento no
crime pouco tempo antes, em seu terceiro depoimento.
Ferdinando disse que o crime foi cometido porque a jovem
alemã era "muito cruel" com a criança e com a família. "Foi por
amor ao meu neto", afirmou.
Próximos passos
Seis mulheres e um homem formam o Conselho de Sentença, que
vai decidir o destino desses quatro acusados. Após os debates desta quarta, o
júri entra na fase da réplica e da tréplica, com duração prevista de duas horas
para cada parte.
Depois, os jurados são levados para uma sala isolada, para
decidir pela condenação ou absolvição dos réus - em maioria simples e caráter
sigiloso. Caso sejam condenados, a juíza é quem define a duração da pena
O caso
Jennifer Kloker foi morta com dois tiros, em 16 de fevereiro
de 2010. O corpo dela foi achado no dia seguinte, às margens da BR-408, em São
Lourenço da Mata, próximo ao Terminal Integrado de Passageiros (TIP). A
previsão é que o julgamento se estenda até quinta-feira (13).
Os Tonelli disseram à polícia terem sido vítimas de
latrocínio - assalto seguido de morte - logo no começo do inquérito policial.
Com o desenrolar das investigações, os policiais descobriram que Jennifer tinha
um seguro de vida e concluíram que a morte foi tramada pela família.
Os acusados foram indiciados pela Polícia Civil por formação
de quadrilha e homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e uso de
recurso que tornou impossível a defesa da vítima). O grau de parentesco e a
convivência entre Kloker e três acusados (Pablo, Delma e Ferdinando) são
considerados circunstâncias agravantes.
Fonte: G1
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