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Jovem que teria sumido ao jogar 'Baleia Azul' é encontrada morta









Pescadores encontraram no início da tarde 
desta quinta-feira (20) o corpo de uma 
adolescente no Rio São Francisco, na região
 do Porto do Jatobá em Petrolina, no Sertão 
de Pernambuco. De acordo com a Polícia 
Civil (PC), a garota é Ana Vitória Sena de 
Oliveira, de 15 anos, que desapareceu na 
 de Juazeiro, na Bahia. A família suspeita 
que o sumiço tenha relação com 
A delegada Adelina Raujo confirmou que o 
corpo pertencia a Ana Vitória e que a garota 
apresentava vários cortes nos braços e na 
região dos pulsos. Ela vestia short jeans e camisa preta.
Adolescente havia deixado uma carta de 
despedida que avisava aos familiares que
 pularia da Ponte Presidente Dutra, que liga
 a cidade pernambucana de Petrolina a 
Juazeiro, na Bahia . “Ela deixou uma carta, 
pedindo dizendo desculpa e disse que iria 
pular da ponte que liga Juazeiro a Petrolina. 
Nós mexemos no celular dela e achamos 
no WhatsApp as mensagens do jogo da 
Baleia Azul”, relatou a irmã da garota, 
Maria Daniela Sena.
Ana Vitória Sena de Oliveira morava junto
com a irmã Maria, um irmão e a mãe, no
 Residencial Itaberaba 2, em Juazeiro, 
na Bahia. Segundo a família, a garota 
ficava horas na internet, e ultimamente 
estava de mau humor. "Eu aconselhava 
ela sempre, a família aconselhava. Em um
momento ela ouvia, mas virava as costas 
e voltava a ser o que era novamente”, 
diz o padrasto-avô de Ana, Cosme dos Santos.
A menina ainda deixou em casa o aparelho 
celular, onde foram encontradas no aplicativo
 Whats App mensagens sobre o jogo da 
baleia azul. A foto do perfil da adolescente
nas redes sociais foi alterada por uma imagem
de luto após o desaparecimento.
Especialistas dão dicas de como lidar com o tema:
1. Fique atento à mudança de 
comportamento= Uma mudança brusca 
de comportamento pode ser sinal de que 
a criança ou o adolescente esteja sofrendo
 com algo que não saiba lidar, segundo 
Elizabeth dos Reis Sanada, doutora em 
psicologia escolar e docente no Instituto
 Singularidades.
“Isolamento, mudança no apetite, o fato 
de o adolescente passar muito tempo 
fechado no quarto ou usar roupas para 
se esquivar de mostrar o corpo são pistas 
de que sofre algo que não consegue falar”, diz.
2. Compartilhe projetos de vida= Para entender
se a criança ou adolescente está com problemas
 é fundamental que os pais se interessem por 
sua rotina. Elizabeth reforça que este deve ser
 um desejo genuíno, e não momentâneo por 
conta da repercussão do “Jogo da Baleia”.
“Os pais devem conhecer a rotina dos filhos, 
entender o que fazem, conhecer os amigos”, 
afirma a Elizabeth. Ela lembra que muitos 
adolescentes “falam” abertamente sobre a 
falta de motivação de viver nas redes sociais. 
Aos pais cabe incentivar que os filhos tenham
 projetos para o futuro, tracem metas como 
uma viagem, por exemplo, e até algo mais 
simples, como definir a programação do 
fim de semana.
3. Abra espaço para diálogo= Filhos devem
 se sentir acolhidos no âmbito familiar, 
por isso, Elizabeth reforça que é necessário 
que os pais revertam suas expectativas em 
relação a eles. “É preciso que o adolescente
 se sinta à vontade para falar de suas 
frustações e se sinta apoiado. Se ele tiver 
um espaço para dividir suas angústias e 
for escutado, tem um fator de proteção”, 
afirma Elizabeth.
Angela Bley, psicóloga coordenadora do 
instituto de psicologia do Hospital Pequeno
 Príncipe, diz que o adolescente com 
autoestima baixa, sem vínculo familiar 
fortalecido é mais vulnerável a cair neste 
tipo de armadilha. “O que tem diálogo em 
casa, não é criticado o tempo todo, tem 
autoestima melhor, tem risco menor. Deixe
 que ele fale sobre o jogo, o que sente, é 
um momento de diálogo entre a família.”
Angela reforça que muitas vezes o 
adolescente não tem capacidade de 
discernir sobre todo o conteúdo ao qual 
é exposto. “Por isso é importante o diálogo
 franco. Não pode fingir que esse tipo de 
coisa não existe porque ele sabe que existe.”
4. Adolescentes devem buscar aliados= 
adolescente precisa buscar as pessoas em que
 confia para compartilhar seus anseios, seja no
 ambiente escolar ou familiar, segundo as 
especialistas. “Que ele não ceda às ameaças
 de quem já está em contato com o jogo e 
entenda que quem está a frente deles são 
manipuladores”, diz Elizabeth.
5. Escolas podem criar iniciativas
 pela vida= Assim como a família, as escolas
 podem ajudar a identificar situações de risco
 entre os alunos. “Não é qualquer criança 
que vai responder ao chamado de um jogo
 como esse, são os que têm situações de 
vulnerabilidade. A escola ajuda a construir
 laços e tem papel fundamental de perceber
 como os alunos se desenvolvem”, 
afirma Elizabeth.
Alguns colégios, já cientes da viralização 
do jogo, começaram a pensar em alternativas
 para aumentar a conscientização sobre a
 importância de cuidade da vida. No Colégio
 Fecap, que fica na Região Central de São 
Paulo, essa ideia virou projeto escolar: a 
turma de alunos do ensino médio técnico 
de programação de jogos digitais começou
 a criar uma espécie de “contra-jogo” da
 Baleia Azul. “O jogo ainda está sendo 
produzido pelos alunos. Eles estão se 
reunindo e debatendo a questão. Serão
 15 desafios de como desfrutar melhor 
da vida e celebrá-la”, conta o professor 
Marcelo Krokoscz, diretor do colégio.
Durante o curso, os estudantes aprender
 a aplicar linguagens de programação para
 criar jogos para computadores, videogame,
 internet e celulares, trabalhando desde a
 formação de personagens, roteiros e 
cenários até a programação do jogo em
 si. Segundo Krokoscz, a ideia é que o jogo,
 ainda sem prazo de lançamento, esteja 
disponível on-line para o público em geral.
Ele afirma que o objetivo é a ajudar os jovens
 a verem o lado bom da vida. “Impacta mais 
fortemente nossos alunos a partir do momento
 que eles mesmos criam um jogo a favor da vida.”





Fonte: G1

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