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Duas delegacias de Niterói investigam assassinatos de vereador e de desembargador aposentado.


Duas delegacias de Niterói investigam os assassinatos do vereador eleito por Niterói Lucio Diniz Araújo Martelo, de 44 anos, conhecido como Lucio do Nevada (PRP), e do desembargador aposentado Gilberto Fernandes, ocorridas em intervalos de minutos em dois pontos distintos da cidade na noite desta quinta-feira. A morte de Lucio foi registrada na 78ª DP (Fonseca). Já a do desembargador é responsabilidade dos policiais da 77ª DP (Icaraí). Os delegados das duas delegacias estiveram juntos na madrugada desta sexta-feira, durante a perícia do assassinato do vereador Lucio do Nevada.

O vereador Lucio do Nevada (PRP) foi assassinado na porta da casa de seus pais, no bairro Santa Bárbara. Em outro ponto da cidade, cerca de 30 minutos antes, o desembargador também foi baleado. Os dois foram levados em estado grave para o Hospital Azevedo Lima, no Fonseca. O vereador não resistiu aos ferimentos e o desembargador morreu durante uma cirurgia, na madrugada desta sexta. Policiais do 12º BPM (Niterói) não souberam informar o motivo dos crimes.
Gilberto Fernandes estava em Icaraí quando foi atingido por dois tiros, na cabeça e no pescoço. O advogado Sérgio Fernandes, sobrinho do desembargador, confirmou a morte do tio à 1h50m, durante uma cirurgia para retirar as balas alojadas no pescoço e na cabeça.
De acordo com informações de amigos, o vereador Lucio do Nevada — nome adotado em homenagem ao seu time de futebol amador, o Nevada FC — foi atingido por pelo menos cinco tiros quando saía da casa de seus pais e iria para um comício. Segundo a polícia, dois homens em um Palio chumbo encostaram o carro e fizeram os disparos. Lucio chegou a tentar fugir, mas não conseguiu. Um assessor do vereador eleito que estava com ele, e não foi atingido, levou Lucio para o hospital, onde faleceu. O carro de Lucio, um Toyota Hilux foi atingido por seis tiros na altura do para-brisa.
Durante a madrugada desta sexta-feira, policiais civis e peritos estiveram no local do crime, na rua Jandira Pereira. No local foram recolhidas seis cápsulas de pistola calibre 9mm. O veículo usado pelos executores foi apreendido na BR-104 (Niterói-Manilha), na altura do km 3, próximo do local do crime. O carro tinha placa de Belo Horizonte.
Lucio do Nevada foi eleito este ano pela primeira vez, após três tentativas. Com 4.103 votos, ele foi o sexto mais votado na cidade. Empresário ligado à indústria naval, Lucio fazia parte da mesma coligação do candidato à prefeitura Felipe Peixoto (PDT). No domingo, Peixoto disputa o segundo turno com o petista Rodrigo Neves.
Por volta das 22h30m desta quinta-feira, Felipe e alguns vereadores de Niterói foram ao hospital prestar solidariedade aos parentes da vítima. O presidente da Câmara, Paulo Bagueira (PPS), classificou de absurdo o episódio e disse que a Casa está de luto.
Gilberto Fernandes, o primeiro desembargador negro do Tribunal do Justiça do Rio, foi atingido pelos disparos no bairro de Icaraí, a caminho da escola dos netos, de 13 e 15 anos, para buscá-los. Ele estava na Avenida Sete de Setembro, esquina com a Rua Ministro Otávio Kelly. De acordo com o sobrinho, o tio viu dois homens armados, tentou dar ré, mas eles atiraram.
Durante a noite de quinta-feira, o Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, esteve no hospital e visitou o desembargador. O presidente deixou o local antes da morte do desembargador ser anunciada. Segundo Rebêlo, Gilberto era como um irmão.
- Ele teve uma lesão na carótida e os médicos estão fazendo uma drenagem para retirar o sangue do cérebro e o estado dele é muito grave. O Gilberto é meu irmão. Todas as vezes que o vejo pergunta da esposa dele e sempre os comprimento com beijos. Ele é da família – contou o presidente do TJRJ.
Filho de funcionários da antiga Imprensa Nacional, Gilberto Fernandes nasceu em Niterói, onde começou a trabalhar aos 14 anos de idade, como gráfico do jornal “O Fluminense”, para que pudesse custear seus próprios estudos.
Depois de completar o ciclo básico e o curso secundário, foi aprovado no vestibular para a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1964, ingressou na magistratura fluminense.

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